Novamente abordando
este tema tão cheio de dúvidas por parte de muitos médiuns, frequentadores e
simpatizantes, até porque nos dias de hoje poucas casas, terreiros abordam o
sexo em suas doutrinas, desconhecendo ou esquecendo-se que o sexo interfere diretamente
na vida dos praticantes de qualquer religião, inclusive a nossa umbanda e
nossos trabalhos.
Dentro umbanda e até
de alguns candomblés é comum a expressão 'corpo sujo'. Mas afinal fazer sexo é
sujar o corpo? Por que é importante o resguardo, o preceito de sexo para uma
sessão e para determinadas obrigações? Fazer sexo não é sujar o corpo, fazer
sexo é conhecer o próprio corpo e o corpo alheio, é obter prazer carnal
mesclando sentimentos, aumentando laços com quem se pratica. Faz parte da nossa
natureza, assim Zâmbi nos criou. Enquanto matéria possuímos desejos sexuais,
basta observarmos a natureza, os animais. Porém é óbvio que o mau uso desta
energia e deste desejo de energia sexual, pode nos aproximar de espíritos
inferiores e nos causar muitos transtornos espirituais. O mau uso se dará a
partir do momento em que o sexo for objeto de interesses maiores, distantes dos
preceitos que pedimos em nossas doutrinas e que não podem se apresentar
mentalmente dentro de um terreiro, templo etc., quando essa energia é usada
para destruição ao invés da construção, como profissão, exagerado e/ou sem
limites, neste caso a pessoa pode estar sendo vítima de obsessão ou atrairá
obsessores viciados e presos à energia sexual até ela, inclusive quando alguém
alimenta desejos ‘’estranhos’’ demais ás suas necessidades sexuais, ali pode
estar acontecendo uma vampirização sexual.
È importante salientar
que obviamente, a casa de umbanda não discrimina a opção sexual de ninguém, porém
sabemos que algumas alterações, desvios e desejos incontroláveis principalmente
os proibidos dentro da esfera da casa, envolvendo frequentadores, consulentes e
médiuns, tem explicação dentro da espiritualidade e as vezes propósitos
astrais.
Mas se o sexo tem toda
essa energia positiva, por que ele é proibido antes de trabalhos mediúnicos na
umbanda e obrigações? Simples; o sexo traz um gasto de energia física, que
poderia ser utilizada pelas entidades em trabalhos sérios, o sexo também traz
uma troca de energia com quem se pratica, dessa forma, essa mistura de energia
pode ser negativa para um trabalho espiritual, além do sexo nos deixar muito
próximos da matéria e longe das energias espirituais por estarmos presos ao
prazer do corpo. Dessa forma é regra em algumas casas da religião, o preceito de
sexo 24 h antes de uma sessão ou culto, como pedimos aqui.
O preceito vai de
acordo com o tipo de trabalho á ser realizado, pela exigência de uma entidade,
variando de casa para casa.
Como já dito em
doutrina o preceito após o gira ou culto se dá pelo motivo de que neste período
as energias boas que estão sendo recebidas pelo espírito e pelo corpo precisam
de um certo tempo para serem assentadas, para que os nossos chackras possam ser
limpos e revitalizados e o médium possa desfrutar um pouco mais de tempo de
todo o axé que veio buscar.
A energia sexual
nesses casos poderia interromper esse processo, por ser intensa e ligada ao
corpo,da mesma forma restringimos o uso de carne animal antes de trabalhos ,
para que o corpo esteja o mais 'leve' possível. Sabemos bem, que carnes
vermelhas demoram a serem digeridas. Muito de nossa energia é gasta nesse
processo. É importante ressaltar de que a umbanda não é uma religião ligada à
bíblia, enxergo a bíblia como um livro importante sim, mas devemos estar
atentos de que muito escrito nela foi escrito por homens, como nós e é comum
quando escrevemos, impor ideias e visões nossas, que muitas das vezes não são
as de Deus, certo?! Logo nem a umbanda e nem o candomblé vêm como aberração e
pecaminosos relações e relacionamentos sexuais, de quaisquer natureza, hetero
ou homossexuais, desde que o respeito e o bom senso imperem.
Quando falo na relação
de toda a abrangência sexual na vida mediúnica, se deve pela enorme quantia de
gente desavisada que culpa a umbanda por seus exageros ou deslizes sexuais, acho
ridículo médiuns que creditam ao seu Exú ou Pombogira todas as insanidades e
exageros sexuais de sua vida.
Há anos venho
divulgando e brigando para informar basicamente que a Pomba-gira não é
meretriz, prostituta mulher de programa, vadia, baixo nível e etc. (tenho muito
respeito pelas prostitutas, até mesmo porque, respeito muito a figura da mulher
e suas características pessoais). Tais substantivos são utilizados apenas para
denegrir e em alguns casos para vender a falta de vergonha na cara que alguns
médiuns estabeleceram como bandeira de trabalho. È de doer, saber que muitos
pseudo médiuns se arvoram na figura das SENHORITAS POMBAS-GIRAS, apenas para
fomentar a sua sede sexual destemperada e muito das vezes desequilibradas.
Já basta a o sexo
gratuito e sem vergonha que encontramos na web e na televisão, bem como a
situação em que vivem muitas crianças e jovens espalhadas por este
‘’brasilzão’’ a fora. Alimentar a figura de um espírito como o das pombas-gira
com uma série de características que não lhe pertencem, apenas pela conotação
sexual, que alguns KIUMBAS (Espíritos Renitentes), vem impondo à consciência
dos marmoteiros e despreparados mentalmente, o que é uma grande desgraça,
diga-se de passagem.
Por isso filhos e
filhas desta e de todas as casas de boa fé, cuidado, pois se cultivarem suas
vidas de modo profano, enorme é o perigo das ciladas e armadilhas sexuais, as
quais existem por ai á torto e a direito e que andam desgraçando a vida de
muitas famílias de santo e de muitos terreiros. e, neste caso não excluo
ninguém, lembrando de que você qualquer dia destes, possa se encontrar
fomentando a mentira, o animismo vicioso, o fetichismo desvairado apenas para
alimentar a sua sanha sexual desequilibrada. Pense nas desgraças que tal
atitude traz para as pessoas que passam por sua vida e o risco que você corre
ao assumir estes desmandos, muito das vezes até por obra de um “bom” obsessor
que lhe comanda a vontade.
Sexo é bom quando a
pessoas são boas, perversão não é sexo, é desequilíbrio necessitando de
reforma. Para finalizar, lembrem-se do que sempre digo á todos: Suas vidas
devem ser intensas o suficiente para que não haja a necessidade de transformar
sua casa, seu terreiro em ponto de encontro para suas aventuras amorosas ou
sexuais.
A DEUSA INTERIOR
Pombagira de Umbanda
A Pombagira não é
considerada uma Deusa mas o seu arquétipo é baseado em Deusas como Lilith e no
aspecto escuro de Afrodite (Afrodite Pandemus mais ligada as paixões humanas).
Na Umbanda, a entidade
espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num
arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto
Angola.
Nos cultos tradicionais
oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a
fundamentasse.
Mas, quando da vinda
dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800), estes aqui encontram-se
com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira
angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos
Orixás.
Com o passar do tempo
a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos
passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.
Mas ela, marota e
astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para
cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de
independência.
Na verdade, num tempo
em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de
maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar,
passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e
extravasava o 'eu interior' feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade
e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Pombagira foi logo no
início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte,
poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens,
vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.
Pombagira construiu o
arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada,
exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa,
quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que
ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas
pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade.
Ela foi logo se
apresentando como a "moça" da rua, apreciadora de um bom champagne e
de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes.
"O batom realça
os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e
liberada de convenções sociais".
Escrachada e
provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher
da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como
até confirmou: "É isso mesmo"!
E todos se quedaram
diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados
por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram
infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.
Aí punham para fora
seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com
os do sexo oposto.
E a todos ela ouviu
com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que
domina como ninguém mais é capaz.
Sua desenvoltura e seu
poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam
suas necessidades.
Quem não iria admirar
e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à
custa de muito sofrimento?
Pombagira é isto.
É um dos mistérios do
nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina.
Critiquem-na os que se
sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação.Ela é a
Kundalini Sagrada e em seu estado mais elevado quando se encontra repleta de
Luz, pertence à Corrente Astral de Afrodite, atuando até mesmo como Eros.
Amem-na e respeitem-na
os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na
nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa.
Saibam que assim como
a mulher não é só para estes afazeres, a Pombagira também não se presta apenas
a atender pedidos e realizar desejos. Antes ela é um desafio que requer de nós
compreensão e ajuda-nos a evoluir nossa espiritualidade por meio de nossos
sentimentos.
Com isso feito,
críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já
foi auxiliada pelas "Moças da Rua", as companheiras de Exu.
A espiritualidade
superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para
ninguém e que, tal como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel,
mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma
suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, "por baixo dos
panos", o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu
poderoso arquétipo.
Aos hipócritas e aos
falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus
sonhos... ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu
pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua
posição de dominador.
Esse arquétipo forte e
poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que,
se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas
sobre a personalidade oculta dos seres humanos.
Mas para azar dele e
sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de
cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das
repressões e depressões íntimas.
Afinal, em se tratando
de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos
ensinar.
O simbolismo é típico
da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o
de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição.
Já na Umbanda, é o
espírito que "baixa" em seu médium e orienta e ajuda a todos os que
as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades.
São ótimas psicólogas.
Os guardiões do
terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda
Temos que começar a
mudar nossos conceitos de Exú e Pombagira. Vamos a partir de agora ver o Exú e
a Pombagira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo
sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele
os guias chefes da Casa.
Podemos também ver os
Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a
“sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em
benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as
Pombagiras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de
nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e
determinação.
Assim como devemos ter
um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos
trabalhos das Pombagiras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da
vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer
casamentos...
Isto é uma coisa
absurda e vulgar... O trabalho da Pombagira é sério. É também um trabalho de
descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da
vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
O que é esse lixo, o
que é esta sujeira?
Nossos pensamentos
negativos.
Nossa sociedade
desigual, perversa e preconceituosa.
Nossas ações.
Nossas emoções
negativas se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
Por isso devemos
respeitar ao máximo o trabalho dos Exús e Pombagiras, levando-os a sério e não
os desrespeitando e nem os menosprezando.
Na Umbanda o Exú é uma
Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as
religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as
comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência
desses espíritos trabalhando também no Plano Astral.
A reunião de Exú ou
Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo
suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente
com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados,
prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão
grande que são considerados loucos.
Para este trabalho
eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio
é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem
com ódio, rancor, raiva, devemos ter bons pensamentos e sentirmos verdadeiro
amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar
conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho
libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada
em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com
dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em
fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.
Este trabalho de
separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor
sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os
seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que
riem, fazem troça, mas não brincam em serviço.
Por este motivo,
gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração,
pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela
limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa
de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas
raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de
juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a
oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas
limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no
caminho do desenvolvimento.
Pombajira (ou
Pombagira), é uma espécie de exu do sexo feminino, uma entidade que trabalha na
umbanda e na quimbanda na linha de esquerda. O nome deriva de uma corruptela do
banto Pambu Njila, um nkisi do Candomblé da Nação de Angola, que corresponde ao
orixá Exu.
Nos cultos tradicionais
oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a
fundamentasse. Ela era apenas a parte feminina da personalidade de Exu. Mas,
quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800 ou um
pouco antes), estes aqui se encontram com outros povos e culturas religiosas e
assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o
respeito dos adoradores dos Orixás.
Porque sabemos da
dualidade contida na natureza e ela está presente também em Exu.
E com o passar do
tempo às formosas e provocativas Bombogiras conquistaram um grau análogo ao de
Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele.
Na minha visão de
Umbanda-Astrológica eu a vejo como a companheira de Exu, a Lilith, a Lua em sua
fase negra, mas, de certa forma a outra metade de Exu ou sua natureza feminina
é também aceitável.
Porque sabemos que
todos os seres muito provavelmente se dividiram, mas eram no principio
hermafroditas.
No entanto mesmo se
dividindo resta ainda em cada ser uma parte do outro sexo.
Pombagira Maria
Padilha
Esta é a Rainha do
reino da lira, uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino
Baganda, também conhecida como Rainha do Candomblé ou Rainha das Marias. Rainha
do candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra
o sinônimo de dança e música ritual. Devemos dizer que a pombajira representa o
poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubás.
Ela pode ter muitos
maridos, que se tornam seus "escravos" ou empregados. Em terras
bantas é originalmente chamada de “Aluvaia-Pombajira", está é uma palavra
africana de um idioma do povo banto (Angola), erroneamente confundido por
algumas pessoas desinformadas com palavras do português “pomba um pássaro” e
"gira sentido de movimento circular”. Mulher de Exu rei das 7 Liras ou Exu
Lúcifer como é conhecido nas kimbandas. ( equivale a Lilith mulher de Samael)
Bonita, jovem,
sedutora, elegante, feminina, mas também tem vidência, é certeira e sempre tem
algum conselho para aqueles que estão sofrendo por um amor, mas também é usada
a sua força para desmanchar feitiços, para pedir proteção e curar várias
doenças. Mas não se engane, pois ela gosta de ser respeitada e admirada e é
ponta de agulha, quem brinca com ela geralmente vai morar na sepultura.
Sua característica
principal é ser uma pombagira festeira adora festas com ritualísticas e
alegria, daí ser chamada de rainha do Candomblé. Prefere bebidas suaves, vinhos
doces, licores, cidra, champagne, anis, etc. Gosta de cigarros e cigarrilhas de
boa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho, o destaque, as
flores e os perfumes, usa sempre muitos colares, anéis, brincos, pulseiras,
etc.
Umbanda e Quimbanda
Há diversas
manifestações de inúmeras falanges dessas entidades, que costumam auxiliar seus
médiuns nos terreiros de Umbanda, como por exemplo: Maria Padilha, Rosa dos
Ventos, Rainha das 7 Encruzilhadas, Pombajira da Calunga, Pombajira das Almas,
Pombajira Cigana, Pombajira Maria Mulambo, Rosa Caveira, Dona Tata Caveira,
etc.
As oferendas são
inúmeras, sempre acompanhadas de champagne de boa qualidade, bons vinhos,
bebidas fortes como o gim, Bourbon e, em isolados casos, a pinga.
A elas são oferecidos
cigarrilhas e cigarros de boa qualidade, rosas vermelhas, sempre em numero
ímpar, mel, licor de anis (uma de suas bebidas preferidas), espelhos, enfeites,
jóias, bijuterias de boa qualidade, anéis, batons, perfumes, enfim, todo o
aparato que toda mulher gosta e preza.
COR: Vermelho, preto e
dourado
METAL: Bronze e ouro
DIA DA SEMANA:
Sexta-feira
PREDOMINÂNCIA: Amor,
dinheiro, sexo.
Obs: Necessáriamente
as oferendas não precisam ser consumidas pelos médiuns ( no caso de bebidas e
cigarros, estes podem ser colocados em pratos e taças pois as entidades só se
utilizam de suas essências para os seus trabalhos). Não há necessidade de
o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou
Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando o conteúdo astral da bebida.
Pombagira são as
entidades mais polêmicas que conheci em todos os meus anos de estudo e
trabalho. Muito se diz sobre estas entidades: que foram mulheres da vida e que
ao morrer se transformaram, que são espíritos demoníacos, que pervertem a
sexualidade das pessoas, afastam casais, aproximam, enfim, todo tipo de
adjetivos tem sido dada a essas grandes guerreiras do mundo astral. O que
escrevo aqui sobre elas, é baseado nos meus anos de observação e convívio com a
entidade, e obviamente poderá não ser a opinião de outros sacerdotes ou
médiuns.
O conceito que formei
sobre quem são elas é simples: são seres do mundo astral, guerreiras tanto
quanto Exú, que estão bem próximas de nossa esfera humana, algumas já se
reencarnaram e outras não.
Com relação as suas
manifestações nos médiuns, normalmente como mulheres, suas legiões podem adotar
nomes femininos, como por exemplo: Pomba-Gira Rosa, mas pertencendo a esta ou
aquela linha liderada pela chefe correspondente.
Uma coisa é muito
certa, todo e qualquer problema que colocamos nas mãos de qualquer uma delas
tem solução. Sua força é guerreira, sua vibração magnética é carregada de
sensualidade e alegria, tanto que sua chegada nos médiuns é sempre alegre,
solta e sensual. Exú tem ligação com a força sexual criativa, e a Pombagira por
sua vez com a circulação dessa energia criativa existente na vida e no
Universo.
Lamentavelmente sua
reputação se tornou péssima devido a erros de incorporação dos próprios
médiuns, que por falta de instrução de seus Babalorixas ou por deturpações
pessoais as transformaram em seres com fama de depravadas, libidinosas e
cruéis.
Há também de se
lembrar que, quando um médium incorpora um Exu ou Pombagira, ele está ativando
seus chackras inferiores, e, se este médium for despreparado ou tiver conduta
questionável, poderá interferir na incorporação: ele dará vazão aos seus
sentimentos menores, transferindo para o Exu ou Pombagira o seu tipo de
comportamento e neste caso não há dúvidas: o médium está mistificando um ato
sagrado da espiritualidade.
O importante é sempre
lembrar que, são entidades complexas de personalidade forte, e que nunca
perdoam uma falta de palavra dada. O importante também é não invocá-las para
trazer prejuízo a outrem, porque a dívida kármica adquirida ficará por conta de
quem pediu.
Contam as lendas que
podemos senti-las à noite pelas ruas, perfumadas e enfeitadas, percorrendo os
caminhos dos seres humanos, os lugares ermos, os lugares movimentados, os
locais onde tenham música e alegria.
Quanto ao seu aspecto
sensual, faz parte de sua polaridade, não querendo significar com isso
depravação ou perversão.
Se nossas amigas do
invisível, quando encarnadas, foram mulheres honestas ou não, creio não ser de
nossa competência avaliar isso, pois usando de uma frase sábia, os caminhos de
Deus são desconhecidos.
Desenvolvendo a
sexualidade com a Pombagira
Nada de sentimentos.
Nada de compromissos. Se o objetivo da mulher é o orgasmo, basta despir a
roupa, responder às carícias e deixar o corpo vibrar. Embora não seja um
comportamento tipicamente feminino ter prazer pelo prazer, faz parte das
fantasias de muitas mulheres.
Mas o mito do príncipe
encantado não se destrói de um dia para o outro. “Um dia, encontrarás o grande
amor”, dizem-nos. Com esta base, será difícil assumir os nossos desejos sem nos
culpabilizarmos.
A maior parte das
mulheres é mais sensível ao julgamento dos outros. Infelizmente, nesta
sociedade, um homem que multiplica as conquistas é considerado um D. Juan,
enquanto que uma mulher que faz o mesmo sujeita-se a insultos. Desprezo? Ciúme?
Seja quais forem as razões, não é fácil ser alvo de más-línguas. Assim, o
prazer de algumas horas seria assombrado por críticas e rótulos de mau gosto.”
Uma diferença evidente
entre o homem e a mulher situa-se a nível dos sentidos. Em relação ao homem é
sobretudo visual, enquanto que a mulher funciona de uma maneira mais complexa:
simultaneamente táctil, auditiva e olfativa. Excitá-la é obra mais elaborada,
sobretudo se ela revelar dificuldade em entregar-se por se sentir insegura nos
sentimentos.
Sendo assim o
resultado seria nenhum prazer e uma perda enorme de energia. Por isso, penso
que as mulheres não estão programadas para aventuras sexuais, visto que não há
garantia de prazer. Talvez minha opinião lhe pareça radical.
Enfim qualquer mulher pode
reivindicar o sexo pelo sexo, mas todas correm o risco de se apaixonar por
aquele com quem vão para a cama. E os homens, também correm esse risco sim,
visto que são mais propensos a confundir sexo com sentimentos. O problema de
tudo depende das pessoas: Algumas mudam de parceiro sexual com muita facilidade
e têm dificuldade em se fixar afetivamente, enquanto outras procuram afeição e
amor, julgando que apenas querem sexo.
Escusado será dizer
que as decepções são enormes, pois nem sempre eles estão na mesma onda.”
No seu livro Bien
Vivre sa Sexualité, o psiquiatra François Poudat afirma que o mais importante é
ser claro consigo próprio: definir antecipadamente as intenções e assumi-las
plenamente.
Mas qual é a solução
para otimizar as oportunidades de ter prazer? Segundo o psiquiatra francês, “a
partir do momento em que a mulher se deixa ir, o prazer vem atrás, desde que
não lhe calhe um inábil”. E sublinha a importância da confiança que permite a
ambos serem testemunhas dessa grande intimidade que é o prazer.
Aí vem a pergunta: Se
o sexo é tão bom, porquê privar-se?
A resposta parece
óbvia: porque nem toda a gente está à vontade com a moral, o corpo e os seus
sentimentos.
François Poudat expõe
o seu ponto de vista: “Para bem viver uma relação puramente sexual é preciso
agir com intenções positivas e amantes, e não ter a impressão de se comprometer
ou de se sujar. Além disso, há que agir por vontade intrínseca e não para
entrar na norma, ou seja, para ser igual aos outros.”
Na opinião de François
Poudat, não existem situações perfeitas, mas centenas de compromissos. Cabe a
cada um de nós encontrar aquele que nos convém.
AUXILIAR AS PESSOAS A
DESENVOLVEREM A SUA SEXUALIDADE, CONTROLAR OS DESEJOS E ASSUMIR SEUS
SENTIMENTOS, É O PAPEL DA POMBAGIRA DE LUZ.
E ENTENDER ESSE PAPEL
É O PRIMEIRO PAPEL DA EVOLUÇÃO HUMANA.
NA ASTROLOGIA A POMBA
GIRA EQUIVALE AO PONTO DE LILITH NO MAPA E AS LUAS NOVAS ALÉM DOS ASPECTOS
DESAFIADORES, ASSIM COMO A POSIÇÃO DE MARTE E PLUTÃO.
MAS DEVEMOS FICAR
ATENTOS, POIS QUEM NÃO SE HARMONIZA COM POMBAGIRA (ENERGIA SEXUAL LATENTE EM
TODOS OS SERES) AUMENTA OS BLOQUEIOS, TRAUMAS E TORNA-SE INFELIZ.
Homens e Mulheres
O que nos distingue.
Em termos de
sexualidade, existem diferenças fundamentais entre o homem e a mulher.
• O homem tem uma
sexualidade baseada na eficácia, indo direito ao ansiado fim
• A mulher mostra-se
mais sensível ao ambiente e ao afeto
• Partindo deste
princípio, defendido pelo psiquiatra François Poudat no seu livro Bien Vivre sa
Sexualité, as mulheres terão menos tendência para multiplicar as conquistas,
visto que o desejo nem sempre vem à baila.